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O que mudou depois de quase 6 anos?

Sindpol RJ Comente 14.01.12 1572 Vizualizações Imprimir Enviar

RETIFICADO

Boa tarde, amigos!

Deparei-me com esse excelente testemunho na internet e instantaneamente me vi assombrado por um sentimento de reflexão a respeito do período que estamos vivendo.

Sim. Assombrado.

Quanto tempo mais padeceremos à margem de uma sociedade que não reconhece o quão importante é o trabalho desempenhado pelos profissionais de segurança pública?

A instituição Polícia Civil é formada por homens e mulheres que em sua maioria possuem elevado valor moral e ético advindos do próprio seio familiar, haja vista o autor do texto a seguir.

Muito mais do que isso.

Em verdade somos altruístas, de tal sorte que desempenhamos atividades extremamente complexas, por vezes, arriscando nossas vidas, em troca de um salário miserável, muito aquém do desejado por profissionais de formação acadêmica superior (alguns possuem duas formações acadêmicas, pós-graduações, mestrado).

Destaca-se, outrossim, que o cabal de profissionais que compõem a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro invariavelmente carrega, no mínimo, uma formação acadêmica de nível superior.

O texto ao qual me referi, assinado pelo à época delegado titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista, Ilmo. Sr. Fernando da Silva Veloso, é de autoria do colega de trabalho Inspetor Figueiredo (https://grupopcerj.tumblr.com), conforme se afigura concluir do comentário realizado pelo próprio inspetor ao final do texto aqui publicado.


Destarte, segue o relato:

Porque todo policial também é FILHO, MARIDO, IRMÃO, PAI…
 

Triste é o Município e o Estado que não reconhecem os seus heróis.
 
Triste é o País que despreza o sangue dos  homens de fibra que é  derramado.

Triste é a sociedade que trata com desprezo e hipocrisia o trabalhador que tomba no cumprimento do dever.

Desde 1808 a Polícia Civil do Rio de Janeiro vem dando o seu sangue e a sua vida pelo nosso estado, de forma desprendida, abnegada, heróica, sem pedir nada em troca e ontem, 06 de março de 2007, não foi diferente.

Em uma Operação Policial para estourar um paiol do tráfico de drogas e prender um perigoso traficante mais um dos nossos HERÓIS POLICIAIS tombou NO CUMPRIMENTO DO DEVER.
 

Foi reconhecido?

Foi destacado esse ato de entrega e heroísmo de um homem, um pai de família, um Trabalhador Policial Civil que morreu tentando devolver a PAZ à nossa cidade?

NÃO!!!

A sociedade de uma forma geral e a mídia em particular noticiou sua morte de forma lacônica, cruel e indiferente ao lado da morte de um traficante, dando ênfase aos quatro “inocentes” (O Secretário de Segurança muito justamente NÃO ENTENDE como aquele paiol NUNCA foi denunciado pelos moradores, já que o Disque-Denúncia garante o anonimato) feridos durante o confronto.

Igualaram na morte um TRABALHADOR POLICIAL CIVIL e um traficante que destrói vidas com sua mercadoria maldita e que escraviza uma comunidade ordeira de forma cruel e despótica.

Um ARSENAL DE GUERRA foi retirado das mãos de perigosos facínoras ao custo de uma vida policial e de outros três policiais baleados, além dos cidadãos que infelizmente foram atingidos durante o confronto ocorrido pela injusta agressão sofrida pelas FORÇAS POLICIAIS do Estado Democrático de Direito.

Mais de 400 (quatrocentos) homens estiveram no local e TODOS pela manhã, ao sair para o trabalho, beijaram suas mães, suas mulheres e suas famílias, na esperança de retornar em segurança ao final do “expediente” que na maioria das vezes não tem hora para acabar.

Portanto, é INCONCEBÍVEL, INACEITÁVEL e até mesmo IMORAL o tratamento que o Oficial de Cartório José Carlos Mondaini recebeu de nossa sociedade, juntamente com seus colegas de profissão, dentre os quais nos incluímos, porque irmanados pelo mesmo ideal.

Mais de 10 mil projéteis foram apreendidos, quatro fuzis, duas metralhadoras antiaéreas, duas pistolas, duas granadas, oito bombas de fabricação artesanal, 25 quilos de crack, 60 quilos de maconha e 240 papelotes de cocaína foram retirados de circulação.  E não é necessário ser nenhum especialista em segurança para saber do poder de destruição e letalidade que tais armas representam na mão das quadrilhas que infestam o nosso estado.

O Oficial de Cartório JOSÉ CARLOS MONDAINI tinha 29 anos de polícia, era casado e deixou três filhos adultos e é por eles e por nossas famílias que nos manifestamos agora em solidariedade com a FORÇA e a HONRA que nos distingue e que nos faz caminhar de cabeça erguida pelas ruas da nossa Nação.

Triste é a Nação, triste é o povo que necessita de Heróis.

Porém mais triste, mais desgraçado e miserável é o país que os despreza!

Não são minhas estas palavras, mas retratam o pensamento dos Policiais Civís de nossa unidade”.
Fernando da Silva Veloso
Delegado Titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (DEAT – Rio de Janeiro)

Ao autor, parabéns pelo texto e obrigado pelos momentos de reflexão advindos dele.

Força e Honra!

Carlos dos Anjos
Oficial de Cartório Policial

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