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Denúncia na Polícia Civil: armamento velho, coletes inapropriados, maus-tratos com grávidas e doentes.

Sindpol RJ Comente 07.02.12 2947 Vizualizações Imprimir Enviar

Policial Civil no Rio sofre com péssimas condições de trabalho.

Usos de materiais expõem a vida da população e do policial

07/02/2012 – Sindpol RJ
O SINDPOL RJ – Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro faz uma série de novas denúncias sobre as precariedades dos armamentos e dos coletes balísticos usados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Outras denúncias também são feitas e já são do conhecimento do Governo do Rio.
Os coletes balísticos usados pelos policiais civis são os mesmos que o cinegrafista da Band TV Gelson Domingos da Silva usava quando morreu atingido por disparado de fuzil, enquanto aconpanhava uma operação policial no dia 06 de novembro de 2011.
O SINDPOL RJ denuncia que a venda dos coletes balísticos de níveis III e IV (que suportam tiros de fuzil) é proibida para civis e agentes policiais no país porque as Forças Armadas consideram esse equipamento de uso restrito. No entanto, esse tipo de proteção pode ser adquirido por algumas instituições, como Exército, Marinha, Aeronáutica, PM, Polícia Civil e Polícia Federal. Porém, a Polícia Civil do Rio de Janeiro adquiriu esses coletes apenas para um grupo reduzido de policiais, expondo a vida de 9.000 policiais do Estado que usam coletes inapropriados para o tipo de armamento usado pelos bandidos do Rio.
Os policiais civis da CORE, coordenadoria que abriga grupo especial, são os únicos policiais na instituição que possuem coletes de nível III e IV, que protegem contra disparos de fuzil.
Em 2010, em tiroteio no Morro do Alemão, o fotógrafo Paulo Whitaker, da Agência Reuters, foi baleado num ombro por traficantes. Sobreviveu. Usava colete nível III e capacete de aço. Pergunta-se: como seria possível, se a lei não permite? É que profissionais de agências internacionais compram o material no exterior e o trazem para o Brasil. Se o fotógrafo fosse brasileiro, teria morrido. Esse é um exemplo do atraso legislativo dessa matéria no Brasil e do descaso da Polícia Civil do Rio de Janeiro com os policiais que arriscam suas vidas na defesa da população carioca, pois possui autorização para a compra dos coletes e não realiza a devida proteção dos seus comandados.
Outro ponto que o SINDPOL RJ denuncia são as condições de uso das Pistolas PT 940, da empresa Forjas Taurus S.A, utilizadas pela grande maioria dos policiais civis do Rio.
São vários os relatos de pistolas desse modelo, adquiridas pela Polícia Civil a mais de 10 anos, que falharam em ações policiais, colocando a vida dos policiais e da população em risco. Um dos relatos aconteceu no dia 1º de novembro de 2011, quando um homem acusado de cometer crimes de “saidinhas de banco” na Zona Oeste do Rio, foi morto por policiais civis no bairro do Recreio dos Bandeirantes. O bandido Márcion Cesar de Lopes Chaves Neto, de 26 anos, morreu após trocar tiros com os agentes, que relataram falhas, durante a ação, da referida pistola, colocando a vida de todos em riscos.
Os policiais civis que participaram desta ação, depois de ocorrido o fato e com muito custo, conseguiram trocar suas pistolas por outro modelo mais novo, a 24/7, também da Forjas Taurus S.A., numa atitude que confirma a precariedade das antigas pistolas PT 940 usadas pelos agentes.
O SINDPOL RJ também denuncia a entrega dessas antigas pistolas PT 940 sem condições de uso para policiais civis recém empossados na instituição, como se vê na foto abaixo.

Exemplo das condições das pistolas entregues pela Polícia Civil
A foto acima é exemplo das condições em que estavam as pistolas entregues aos últimos policiais civis empossados na instituição. A foto foi tirada antes da arma passar por um processo de limpeza e ser oficialmente entregue a um Oficial de Cartório Policial, que ingressou na instituição no ano de 2010. Denunciamos também que houve uma limpeza conjunta de pistolas, iguais a da foto, com todos os Oficiais de Cartório que ingressaram na instituição neste ano de 2010. Cada policial civil foi obrigado a limpar essas pistolas, retirar as ferrugens e encontrar defeitos para depois receberem as pistolas. Essas são as pistolas PT 940 que estão em uso por esses policiais civis.
Junto com esses fatos, lembramos que há anos denunciamos que o Estado do Rio de Janeiro fere o princípio da dignidade da pessoa humana quanto reduz o salário em até 1.500 reais das mulheres que entram em licença maternidade e policiais civis que entram em licença médica. Isso acontece porque o sistema de gratificação é cortado e é justamente nesses casos que o policial mais precisa do valor integral de seu salário. Atualmente, o SINDPOL RJ está assistindo juridicamente, por mandado de segurança, quatro policiais civis grávidas para que seus salários não sejam reduzidos.
Todas as denúncias narradas, e outras constantes nas reivindicações da categoria, já foram entregues ao Governo, inclusive por ofício, e nada foi resolvido. Somado a todos esses fatos, os policiais civis ainda recebem um dos piores salários do Brasil!
Por tudo isso, os policiais civis do Rio de Janeiro, ao contrário do que diz o Governo, não estão satisfeitos e estão cansados de esperar uma solução que traga de volta a dignidade para continuar defendendo a população carioca. É uma vergonha as situações denunciadas nesta matéria e pior ainda é a falta de interesse em resolver os problemas narrados. Os policiais civis do Rio aguardam uma solução urgente enquanto o descaso com a vida humana persiste.
SINDPOL RJ

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