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ATÉ QUANDO?…

Sindpol RJ Comente 16.11.11 2049 Vizualizações Imprimir Enviar
Como já acontecera no Complexo do Alemão, a ocupação da Rocinha (e mais vizinhos Vidigal e Chácara do Céu) foi marcada pela absoluta ausência de resistência: os traficantes, parece evidente, sabiam que a parada estava perdida e fugiram, em massa e a tempo – o número de presos não chegou a dez.
Era, com certeza, inevitável: uma operação daquelas dimensões dificilmente seria mantida em segredo, e os bandidos – mesmo que lhe faltasse qualquer contato com a banda podre da polícia, o que existe em qualquer organização policial do mundo- tiveram tempo para desaparecer de cena.
O único chefe do tráfico na cadeia, o famoso Nem, foi capturado antes da ocupação e longe da Rocinha. Os cariocas tiveram de se contentar com conhecer os esconderijos da bandidagem.
Foram horas de televisão mostrando como viviam os traficantes mais poderosos da Zona Sul, em suas coberturas de luxo na favela.
Parecia uma repetição do que já se vira no Alemão: uma piscina atrás da outra. Mas isso é detalhe. O que importa é que o tráfico perdeu um de seus mais lucrativos entrepostos e pontos de venda. E a polícia pode se orgulhar de uma operação bem executada, com um mínimo de risco para a população civil.
Pode-se dizer que, no mercado infame da cocaína no Rio, há, pelo menos neste momento, uma crise séria de oferta. O que nos leva a pensar na procura.
Quem sustentava o tráfico na maior favela da Zona Sul do Rio?
Com absoluta certeza não era a população local: favelados não têm dinheiro para isso. Cocaína é vício da classe média alta. Dizem que o seu consumo já foi muito maior do que é hoje – mas com certeza ainda é suficiente para garantir as jacuzzis que a televisão não se cansa de nos mostrar.
Pode-se ter certeza – ou, pelo menos, uma forte esperança – de que o mercado de drogas na Rocinha e favelas vizinhas foi desativado, e assim permanecerá por muito tempo. Como aconteceu no Complexo do Alemão.
A grande questão é saber até quando?
Não é uma pergunta a ser respondida pela polícia, e sim pelos cidadãos suficientemente abastados para financiar seus vícios pessoais sem medo de cadeia.
– Luiz Garcia (Fonte: Jornal O Globo)

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